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sábado, 21 de junho de 2014

Sandy “SIM”: Aquela dos 15?

A pouco mais de um mês Sandy lançou seu novo trabalho, intitulado “SIM”, o álbum é bastante autoral e mantém a meta de transformar a irmã de Junior em uma grande cantora de MPB, saga iniciada em seu antecessor “Manuscrito”. 


Fiquei realmente surpreso ao escutar as músicas do “SIM”, pois me deparei com a  mesma garota de anos atrás, se descobrindo ainda, com angústias e sentimentos de uma adolescente.
Por incrível que pareça não é a voz de Sandy, que por sinal é afinadíssima o que leva a essa  constatação, mesmo o tom sendo meio infantil, as letras em si são bastante fracas. O álbum começa bastante promissor, com uma das músicas do EP lançado no ano passado (single) , a fofa “Aquela dos trinta”  a qual eu realmente acho bem legalzinha e animada, com um clipe muito bem produzido. Mas logo em seguida as faixas não seduzem da forma esperada, pelo menos não de uma forma madura, de quem procura novos rumos. É aquela menina cantando versos como “Como inventar um adeus, se já é amor” (Morada), “Você me pegou pela mão e me levou para ver o mundo” (Ninguém é perfeito), outros de autoria duvidosa como “Espero o futuro com a faca na mão” (Escolho Você).

Entre as músicas inéditas, destaco a que intitula o álbum “Sim”, parece um desabafo de Sandy, sobre si mesma e sua história. Não é uma grande obra, porém a sinceridade na letra faz dela sensacional entre as novas. Morada, a faixa número três tem algo diferente, é umas das favoritas entre o público, mas parece ainda que falta alguma coisa, tanto letra como arranjos são bastante coesos, por outro lado, sinto que falta sintonia entre esses, depois de um tempo a melodia fica cansativa. A pior faixa, intitulada Ponto Final, traz uma proposta nova, um pop bastante cansativo em que a voz de Sandy extremamente remasterizada, acompanhada de uma letra fraca, tornam-a  insuportável! 
A última faixa do CD define o que eu esperava ouvir de Sandy, sendo que é a única música em que a cantora não participou da composição. Dennis Nasser, seu professor de piano compôs uma obra prima, de letra excelente onde a voz da filha de Xororó, acompanhada do piano, casa perfeitamente.

Basicamente SIM é um trabalho para os fãs da cantora, pois não traz um material novo, é um pop com algumas tentativas experimentais. É Sandy falando de amores, planos e fracassos. Falta profundidade ainda para se fincar como grande cantora, parcerias em composições poder ser interessantes, ou até mesmo usar mais de bons compositores pode ser uma boa jogada, ou simplesmente continuar sendo a eterna Sandy que cantava com o irmão e fazia sucesso.

Por: Eduardo Alexandre

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