Wanessa DNA Tour: Diva desamparada?

A maior diva pop nacional, Wanessa, acaba de lançar seu novo trabalho, o CD e DVD ao vivo DNA Tour, com status de diva a cantora continua em sua jornada de se tornar a maior artista nacional e quem sabe internacional. Pode parecer meio pretensiosa essa afirmação, porém cantando em inglês nem que seja mera e pequena ambição, exite!

O DVD é uma superprodução dirigido por Joana Mazzucheli, que já dirigiu trabalhos inclusive de Ivete Sangalo e coreografias de Bryan Tanaka, conhecido pelos trabalhos internacionais, como por exemplo, com as cantoras Beyonce e Rihanna.

  

Wanessa se mostra perfeccionista e selvagem na "DNA Tour", dividido em três atos o DVD promete ser um marco na carreira da cantora que faz questão de cantar ao vivo e dançar muito. Na abertura com "Blind Faith" a estrela pop aparece no telão transtornada, fugindo perdida e assim segue todo o primeiro ato, no caos. O remix elogiado no New York Post "Stuck On Repeat" traz uma Wanessa feroz, presa em um universo animalesco e sombrio.

É notável a evolução vocal da cantora que ao longo dos anos sofreu muitas críticas por ser filhar de Zezé, a segurança adquirida com os mais de 12 anos de carreira surpreendem quem assiste pela primeira vez seu desempenho no palco. É fato que a voz de Wanessa não é nada muito acima da média, particularmente o tom dela me soa agradável, o mesmo tom que muitas pessoas não gostam. O talento da artista nacional é inquestionável nessa altura do campeonato, tem o mérito de se reinventar a cada trabalho. Comparada com a maioria das artistas pop internacionais a nossa "Made in Brazil" faz bonito, canta e dança melhor que muitas inclusiva (microfone ligado). 

Das faixas inéditas "Hair & Soul", "Shine It On", "Atmosphere", " You Can't Break a Broken Heart ", "Deixa Rolar" e "Messiah" acho a última citada a mais forte, onde a voz de Wanessa mostra seu poder e todo o impacto melódico parece se encaixar perfeitamente. Já o atual single "Shine It On" é uma música chiclete, uma boa escolha para faixa de trabalho, porém é clichê pop, nada mais que isso. "Deixa Rolar" em parceria com Naldo é a pior faixa do álbum, sem preconceitos contra o cantor, mas a música é muito fraca e enjoativa, uma composição que segundo o próprio, levou dois dias apenas para ser feita, talvez esse seja o problema maior, porém Deixa Rolar” tem grandes chances de se tornar single, tirando uma casquinha do sucesso popular de Naldo. Em “Amor Amor” música de 2005 e que atualmente repaginada integra a trilha da novela “Amor à Vida”, Wanessa e Preta Gil dividem o palco e particularmente eu acho que Preta consegue acabar com um single, achei que não combinou, ficou meio “avacalhada” a faixa e bastante bizarra, mas a simpatia da filha de Gil é inquestionável e no palco isso é importante.  

“DNA Tour” é inovador, se tratando de uma artista nacional. Tem um pouco de Madonna, Beyoncé, Shakira e tudo de mais atual, balanceado em medidas certas, muito profissionalismo e dedicação. Wanessa se mostra madura e verdadeira no palco, porém o que se nota é o preconceito com o seu trabalho, muitos fãs de pop preferem ignorar o fato de uma cantora nacional cantar em inglês, duvidam da credibilidade mas preferem não conhecer o trabalho.

Wanessa seria uma diva desamparada? É a minha dúvida, ela com certeza trabalha duro  e segue firme em sua meta de consolidar a sua carreira como cantora pop no Brasil e talvez no mundo. Acredito que ela tem todo o talento para conseguir! 

Por: Eduardo Alexandre